Balões dirigíveis povoando o céu de uma tarde de outono
O pensamento voa no sobe e desce dos globos coloridos
Viagem de ventania pelos sentidos em combustão
Balões vazios, ao chão. Panos soltos roçando a face, lambendo a boca, revirando lembranças
Do que quis ser e não fui
Do que podia fazer e não fiz
Das palavras que quis dizer e não disse
Das desculpas que não pedi
Dos amores que não vivi
Acendo o pavio que me resta. Um vento quente insufla quereres, preenche os espaços vazios
Em meio a tantos gases lacrimogênios, alçam voo os balões dos meus sonhos
Do que quis ser e serei
Do que podia fazer e farei
Das palavras que quis dizer e direi
Das desculpas que pedirei
Dos amores que viverei
Porque sonhos não envelhecem
Inspirado na letra da música Clube da esquina II, de Milton Nascimento e Lô Borges
Obrigado por nos fazer voar como esses balões da bela crónica. GP