Encantada com a beleza da vegetação da Bavária em outubro, ao caminhar sobre um tapete de folhas multicoloridas parei por uns instantes para observar os diferentes tons das árvores de onde, voando em redemoinho com o vento, elas se despregam.
Curiosa sobre o motivo dessa paleta de cores outonais, descobri que conforme os dias se tornam mais curtos e as noites mais frias, a produção de clorofila, responsável pela cor verde das plantas, diminui. Com a perda de clorofila o verde se quebra e desaparece, revelando as cores amarela e laranja que sempre estiveram presentes por debaixo . E para explicar os lindos tons vermelhos de algumas delas, soube que isso acontece com árvores mais expostas à luz solar.
A natureza, em sua sabedoria, nos convida a refletir sobre o processo de mutação nos tons da vida.
Assim como as folhas, a perda gradual da energia vital, que nos mantém verdejantes durante a primavera, vai revelando as nossas verdadeiras cores durante o outono.
Os que nutriram sua alma com a luz do sol preservam por mais tempo o vermelho de sua vibração.
Os que não, rapidamente revelam a palidez de seu conteúdo e são os primeiros a tombar no inverno.
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